Xtest

Tuesday, April 05, 2011

Teia de pensamentos

Eu não sei o que eu fiz o mês passado.
Eu não tenho a menor idéia do que fazer no próximo mês.
Estou mergulhado em um agora inócuo, à revelia de planos, prazos, metas.
Não sei se por necessidade, se por medo, ou simplesmente preguiça.
Ainda não sei quando o ócio se torna ou deixa de ser produtivo...

A raiva que sinto, não sei se me consome ou se a consumo.
Mas sei que algo deve ser feito a respeito.
Não é opção continuar assim, mas os meios para intervir ainda estão obscuros, ofuscados.

Tenho Fé e Razão na balança, mas nada parece se alterar.
No eterno oscilar do fio, horas passam, dias correm e continuo assim.
Ainda afio minhas armas, na esperança de serem úteis nessa jornada, que de tão longínqua fez-me perder-me de vista.

Mas por favor não fechem a porta ainda.
Sei que demoro, mas ainda ando.
Preso em teias, tão reais de imaginárias, quanto as pontes por onde traço meu futuro caminhar.

X

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Friday, June 23, 2006

Mindwalk

Outro post, mesmo dia, outro assunto, outro filme.

"Ponto de Mutação" (MindWalk, EUA, 1990), roteiro de Frijot Capra, autor de livro homônio, por sinal muito bom mas que ainda preciso terminar de ler.

O filme nada mais é do que o diálogo entre uma física, um político e um poeta sobre a crise que passava o mundo na época (anos 90) e que por sinal ainda não passou senão piorou.

A idéias são muito boas e extremamente lúcidas. É gritante a discrepância entre a evolução da nossa ciência e da nossa sociedade. O desequilíbrio é claro, e os avanços estão chegando antes mesmo de estarmos pronto pra usá-los. Então, porque não aplicar a mesma perspectiva que nos fez evoluir para a Física Quântica ao nosso conceito de sociedade? Talvez seja uma boa resposta para a pergunta: qual é mesmo a utilidade da Física Avançada?

E o que a Quântica nos diz? Que individualmente observados, em escala que revelam as estruturas elementares da matéria, os fenômenos físicos mais mundanos a olho nu (como uma bola quicando em uma superfície sólida) não são satisfatoriamente explicados ou mesmo visualizados. Para conseguir uma visualização satisfatória, é necessário ajustar o foco não para o individual mas para as relações que ocorrem entre cada átomo, molécula ou célula. Só analizando o todo, é que as coisas passam a fazer sentido.

E vai além disso, microscopicamente os limites se tornam mais tênues, os mesmos elétrons de um átomo antes já espalham-se para outras partículas, outras moléculas, tempos depois. Visto desse ângulo, somos realmente um todo, e irremediavelmente impactamos de forma vasta o ambiente, a sociedade, o planeta e mesmo o universo do qual fazemos parte. Lembra do velho conceito de Ecossistema? De como todo indivíduo impacta numa reação em cadeia o ambiente que faz parte?

Pois é, essas idéias não são sequer recentes: o livro é um Best-Seller de 1982! Mas até hoje parecem 'alienígenas' ao meio acadêmico e mesmo fora dele, a ponto de colocarem o livro na prateleira de 'Auto-Ajuda e Esoterismo'. Putz, quanta ignorância!

Mas vou parar por aqui, porque assisti ao filme mas não terminei o livro.
A quem quiser arriscar o download ou locação, garanto uma visão de mundo interessante ou um sono dos mais gratificantes.
O que vier primeiro, :-P.

X

Evolução

Eita que fiquei mais velho e nem mencionei no Blog, que falta de consideração, hein? :-p

Mais um ano passou e devo dizer que em relação a outro post de um ano atrás as coisas foram bem melhores esse ano.

Estou bem mais sociável, quem diria.
Até tenho admitido que as pessoas se aproximem mais e ninguém saiu ferido por enquanto. Mas, a quem interessar possa, sou imunizado então não precisa ter medo.

Mas não se enganem, ainda sou o crítico implacável de sempre.
Sorte da humanidade que meu alvo favorito sou eu mesmo, hehehe.

X

Monday, April 24, 2006

How am I not myself?

Ah, Filosofia... Essa familiar desconhecida...
Final de dia, final de semana, me deparo com um dos filmes mais estranhos que já vi.
Chama 'Huckabees - A vida é uma comédia' (I heart Huckabees, EUA, 2004).
O personagem principal contrata dois 'detetives existenciais' para resolver um enigma da sua vida: o que significa encontrar três vezes o mesmo estranho em três situações bem diferentes?
Parece banal, mas o que os detetives reservam para o seu cliente vai bem além do que resolver esse simples enigma.
Imagine ter sua vida revirada por completos estranhos com acesso total à sua casa, seu trabalho e sua agenda de telefones. E se, munido dessas informações, eles fizessem aquelas perguntas que você nunca gostaria de responder? Tipo: 'Afinal, por que raios você não é feliz?' 'Se sabe a resposta, porque não age a respeito?'
Esse é só o ponto de partida dessa história maluca que conecta personagens aparentemente opostos e contraditórios em uma teia única onde não sabemos terminar a história de um sem começar a história de outro.
É muito maluco e muito interessante.
Não indicado pra quem tem senso de humor previsível, ;-)

Friday, August 26, 2005

Lost in Translation

A primeira vez que eu soube do novo filme da Sofia Coppola, achei a idéia bem interessante. Dois estrangeiros que nem se conhecem perdidos em Tóquio, parece interessante, não? Poderia acontecer com qualquer um, e sem dúvida seria uma aventura em tanto.

Pois bem, aluguei o tal DVD. E olha... foi difícil permanecer acordado, Kkkkkkk. Tanto que nem assisti o filme todo! Mas depois passou do Telecine e numa tarde, descansado após um bom cochilo, consegui alcançar desperto a tão aguardada última cena.

Hehehe, é que o "lost" do título é algo bem subjetivo no filme. Os dois estranhos estão perdidos na própria vida cotidiana deles. E não, eles não são rebeldes sem causa, nem acabaram de sair da faculdade. É um cara com seus 30 anos de casado e uma garota recém casada.

Primeiro eles ficam perdidos na cultura japonesa, tentando decifrar o que vêem através das janelas: a pressa, os ideogramas, a tecnologia. Depois eles ficam perdidos ao se distanciarem das próprias vidas e ter de encará-las da perpectiva de quem está num quarto de hotel com dificuldade de comunicação e longe a quilômetros de tudo. E enfim, eles se perdem no sentimento platônico que surge entre os dois, que não conseguem sair de perto um do outro e nem ficar juntos de verdade.

Depois de assistir, você também fica meio perdido e desconsertado com o final.

Mas é um filme pra ser digerido aos poucos mesmo, em doses breves de pensamento, preferencialmente no café da manhã após uma noite bem dormida (kkkkkk).

Pena que não posso cair no sono, agora... :-)

X

Monday, August 08, 2005

Jo, o muy amigo

Eu reconheço que nunca fui muito bom nesse lance de amizade.
É estranho como as pessoas se aproximam de mim por um tempo, e depois vão embora como se nem me conhecessem. Estranho, muito estranho isso.
Pior ainda é ficar pensando a respeito.
Mas como esse blog é sobre autodissecação mesmo, mãos à obra.

O motivo.
Não existe um motivo claro pelo qual se aproximar de uma pessoa ou de outra. Simplesmente o fato de falar a mesma língua já pode ser o suficiente. Se bem que conheço pessoas que bastam ser da mesma espécie, ou nem isso, kkkkkkkk.
Mas o ser humano é um ser social, como disserta um bom livro de filosofia. E a menos que haja outra pessoa que ateste sua existência... é como se você não existisse... Será mesmo? Eu não sou tão dependente de atenção... Pelo menos na maioria das vezes...
Às vezes dá raiva (raiva, preciso trabalhar isso...) ser tão arredio, porque quando você se dá conta que precisa MESMO comunicar alguma coisa... Não há ninguém por perto...
O motivo? A aproximação é o próprio motivo...

O contexto.
Well, sou um cara que perpassa por contextos bem distintos... à primeira vista. Na verdade, eu pensava que as coisas eram mais preto no branco do que realmente são.
Mas não sou o único analista de sistemas R.P.Gista que já fez curso de desenho por que gosta de quadrinhos e desenhos japoneses e achou o curso de Jornalismo uma boa segunda opção de carreira no momento que assinava a inscrição do vestibular mas que depois de alguns anos enrolando já não concorda tanto com isso...
Tá... Eu falo demais...

As pessoas.
Hehehe... Não ouso colocar todo mundo que eu conheço numa mesma sala e esperar que saia de lá uma ONG em defesa da Paz Mundial, Kkkkkk. Bem mais fácil circularem entre si como meros desconhecidos.
E talvez eu mesmo não os reconhecesse, porque as pessoas também mudam quando estão na frente de outras pessoas. Ser coerente nessa mudança é o que define uma boa amizade... ou inimizade, hehehe.

O fim.
Pois é. É aqui que eu me perco. Como é que acaba?
Será que é com a mudança?
Mudança de Lugar, de Personalidade, de Escolaridade, de Trabalho, de Nível Social?
Porque tem umas que parecem que não mudam?

No final, eu desisto.
Acho que não cabe aqui monologar o que na verdade é um diálogo.
São questões que eu nunca vou responder sozinho.
Mas se eu tivesse todas as respostas, que graça teria?
Não é vero?

X pensador

Friday, July 15, 2005

Enemy of State

Lá vem outra viagem...
Política! KKkkkkk
É inacreditável a impotência que sentimos quando nos mergulhamos nesse assunto.
Corta pra década de 60.
A ditadura imperava com sua polícia política abafando o que fosse "controvertido" e atentasse conta a "moral" (adquirida) da época.
Houve torturas, mortes, e uma atmosfera pesava sobre todos. Teria-se que pensar duas vezes antes de falar qualquer coisa, principalmente em quem estaria ouvindo.
Era difícil, sim. Havia quem se rebelava, sim. Eram reprimidos, sim. Mas pelo menos uma coisa naquela época era melhor do que agora: a identidade do inimigo era mais clara.
Corta pros dias de hoje.
Somos mais livres, definitivamente mais livres comparado com antes. Mas a forma de controle se tornou muito mais sutil e muito mais poderosa.
A revolução antes era feita através da cultura, uma válvula de escape que trazia subliminarmente mensagens de revolução, de liberdade.
Hoje, é a cultura que nos prende.
É ela que tolhe nosso modo de pensar, limita nossa visão, molda nosso comportamento.
O inimigo, seja lá quem for, agora está em todo lugar: som, imagem, emoções milimetricamente simuladas.
E essa sensação encenada de liberdade é o que há de mais poderoso. Uma saciedade de ambições pequenas, que nos mantém apáticos, ainda que tenhamos consciência de que alguma coisa está errada, algumas peças não se encaixam...
Mas se sou "feliz" assim, pra que mudar o mundo?
Em time que está ganhando, não se meche, não é verdade?
Esse é o país da copa do mundo... do carnaval...
É tanta coisa pra nos distrair... vamos pensar nisso depois, não é mesmo?
E não nos integramos, não mudamos, vivemos cada um pra si, e uma ova que todos por um.
Você pode ser feliz como quiser, não vou criticar isso.
Mas ignorar o "inimigo", seja ele quem for, isso eu vou criticar.

E mais um viva pro Roberto Jefferson, o novo Collor da Rede Bobo. Plim, plim.

X-Files

Wednesday, June 22, 2005

Faxina

Estive fazendo uma varredura de rotina neste humilde blog e, claro, detectei erros crassos multilinguísticos (é assim que se escreve? existe essa palavra? é esse o sentido dela? Ah! Deixa pra lá!! :-P).

Enfim, peço desculpas aos que se ofendem com Português (ou não) espontâneo e atropelado por toques rápidos de teclado (antes que as idéias passem sem ser registradas) e responsável por certas pérolas registradas aqui.

Só isso hoje. Idiota, não?

X