Xtest

Friday, July 15, 2005

Enemy of State

Lá vem outra viagem...
Política! KKkkkkk
É inacreditável a impotência que sentimos quando nos mergulhamos nesse assunto.
Corta pra década de 60.
A ditadura imperava com sua polícia política abafando o que fosse "controvertido" e atentasse conta a "moral" (adquirida) da época.
Houve torturas, mortes, e uma atmosfera pesava sobre todos. Teria-se que pensar duas vezes antes de falar qualquer coisa, principalmente em quem estaria ouvindo.
Era difícil, sim. Havia quem se rebelava, sim. Eram reprimidos, sim. Mas pelo menos uma coisa naquela época era melhor do que agora: a identidade do inimigo era mais clara.
Corta pros dias de hoje.
Somos mais livres, definitivamente mais livres comparado com antes. Mas a forma de controle se tornou muito mais sutil e muito mais poderosa.
A revolução antes era feita através da cultura, uma válvula de escape que trazia subliminarmente mensagens de revolução, de liberdade.
Hoje, é a cultura que nos prende.
É ela que tolhe nosso modo de pensar, limita nossa visão, molda nosso comportamento.
O inimigo, seja lá quem for, agora está em todo lugar: som, imagem, emoções milimetricamente simuladas.
E essa sensação encenada de liberdade é o que há de mais poderoso. Uma saciedade de ambições pequenas, que nos mantém apáticos, ainda que tenhamos consciência de que alguma coisa está errada, algumas peças não se encaixam...
Mas se sou "feliz" assim, pra que mudar o mundo?
Em time que está ganhando, não se meche, não é verdade?
Esse é o país da copa do mundo... do carnaval...
É tanta coisa pra nos distrair... vamos pensar nisso depois, não é mesmo?
E não nos integramos, não mudamos, vivemos cada um pra si, e uma ova que todos por um.
Você pode ser feliz como quiser, não vou criticar isso.
Mas ignorar o "inimigo", seja ele quem for, isso eu vou criticar.

E mais um viva pro Roberto Jefferson, o novo Collor da Rede Bobo. Plim, plim.

X-Files

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