Xtest

Friday, August 26, 2005

Lost in Translation

A primeira vez que eu soube do novo filme da Sofia Coppola, achei a idéia bem interessante. Dois estrangeiros que nem se conhecem perdidos em Tóquio, parece interessante, não? Poderia acontecer com qualquer um, e sem dúvida seria uma aventura em tanto.

Pois bem, aluguei o tal DVD. E olha... foi difícil permanecer acordado, Kkkkkkk. Tanto que nem assisti o filme todo! Mas depois passou do Telecine e numa tarde, descansado após um bom cochilo, consegui alcançar desperto a tão aguardada última cena.

Hehehe, é que o "lost" do título é algo bem subjetivo no filme. Os dois estranhos estão perdidos na própria vida cotidiana deles. E não, eles não são rebeldes sem causa, nem acabaram de sair da faculdade. É um cara com seus 30 anos de casado e uma garota recém casada.

Primeiro eles ficam perdidos na cultura japonesa, tentando decifrar o que vêem através das janelas: a pressa, os ideogramas, a tecnologia. Depois eles ficam perdidos ao se distanciarem das próprias vidas e ter de encará-las da perpectiva de quem está num quarto de hotel com dificuldade de comunicação e longe a quilômetros de tudo. E enfim, eles se perdem no sentimento platônico que surge entre os dois, que não conseguem sair de perto um do outro e nem ficar juntos de verdade.

Depois de assistir, você também fica meio perdido e desconsertado com o final.

Mas é um filme pra ser digerido aos poucos mesmo, em doses breves de pensamento, preferencialmente no café da manhã após uma noite bem dormida (kkkkkk).

Pena que não posso cair no sono, agora... :-)

X

Monday, August 08, 2005

Jo, o muy amigo

Eu reconheço que nunca fui muito bom nesse lance de amizade.
É estranho como as pessoas se aproximam de mim por um tempo, e depois vão embora como se nem me conhecessem. Estranho, muito estranho isso.
Pior ainda é ficar pensando a respeito.
Mas como esse blog é sobre autodissecação mesmo, mãos à obra.

O motivo.
Não existe um motivo claro pelo qual se aproximar de uma pessoa ou de outra. Simplesmente o fato de falar a mesma língua já pode ser o suficiente. Se bem que conheço pessoas que bastam ser da mesma espécie, ou nem isso, kkkkkkkk.
Mas o ser humano é um ser social, como disserta um bom livro de filosofia. E a menos que haja outra pessoa que ateste sua existência... é como se você não existisse... Será mesmo? Eu não sou tão dependente de atenção... Pelo menos na maioria das vezes...
Às vezes dá raiva (raiva, preciso trabalhar isso...) ser tão arredio, porque quando você se dá conta que precisa MESMO comunicar alguma coisa... Não há ninguém por perto...
O motivo? A aproximação é o próprio motivo...

O contexto.
Well, sou um cara que perpassa por contextos bem distintos... à primeira vista. Na verdade, eu pensava que as coisas eram mais preto no branco do que realmente são.
Mas não sou o único analista de sistemas R.P.Gista que já fez curso de desenho por que gosta de quadrinhos e desenhos japoneses e achou o curso de Jornalismo uma boa segunda opção de carreira no momento que assinava a inscrição do vestibular mas que depois de alguns anos enrolando já não concorda tanto com isso...
Tá... Eu falo demais...

As pessoas.
Hehehe... Não ouso colocar todo mundo que eu conheço numa mesma sala e esperar que saia de lá uma ONG em defesa da Paz Mundial, Kkkkkk. Bem mais fácil circularem entre si como meros desconhecidos.
E talvez eu mesmo não os reconhecesse, porque as pessoas também mudam quando estão na frente de outras pessoas. Ser coerente nessa mudança é o que define uma boa amizade... ou inimizade, hehehe.

O fim.
Pois é. É aqui que eu me perco. Como é que acaba?
Será que é com a mudança?
Mudança de Lugar, de Personalidade, de Escolaridade, de Trabalho, de Nível Social?
Porque tem umas que parecem que não mudam?

No final, eu desisto.
Acho que não cabe aqui monologar o que na verdade é um diálogo.
São questões que eu nunca vou responder sozinho.
Mas se eu tivesse todas as respostas, que graça teria?
Não é vero?

X pensador